A piscina do Alberca Olímpica 68 Francisco Márquez esteve lotada todos os nove dias de competição com mais de 4 mil pessoas. Era a Olimpíada onde tivemos um aumento significativo no número de provas, de 18 disputadas em 1964 para 29. Entravam no programa os 200 metros nos quatro estilos e mais os 800 metros nado livre para as mulheres.
Domínio absoluto americano vencendo
52 das 87 medalhas disputadas. Os americanos já haviam dominado em 1964, mas
agora venceram 21 das 29 provas, foi ainda mais impressionante. No total, 21
ouros, 15 pratas e 16 bronzes. A Austrália ficou num distante segundo lugar com
apenas oito medalhas, três de ouro.
Presença de 468 nadadores, sendo 264
homens e 204 mulheres de 51 países diferentes. Um total de 11 países subiram ao
pódio na competição, seis deles ganharam pelo menos uma medalha de ouro.
A jovem Liana Vicens de Porto Rico,
com apenas 11 anos de idade foi a mais nova participante da competição. O
alemão Horst-Ganter Gregor com 30 anos, o mais veterano.
Competição forte, quatro recordes
mundiais e 19 recordes olímpicos. A maior surpresa o histórico ouro mexicano
com Felipe Muñoz com 2:28.7. Aliás, 1968 foi a última Olimpíada onde os tempos
eram apurados até os décimos de segundo. A partir de 1972, em Munique, os centésimos
entraram nos controles.
Os americanos Charlie Hickcox e
Debbie Meyer com três medalhas de ouro foram os maiores medalhistas. Meyer, a
primeira da história a vencer dos 200 aos 800 metros nado livre.
O jovem Mark Spitz, então com 18 anos
de idade, ficou longe de todas as expectativas pré-competição. Para quem
esperava sair carregado de ouro, a prata nos 100 borboleta e o bronze nos 100
metros nado livre, mais dois ouros nos revezamentos só serviram de motivação
para o sucesso que ele foi na Olimpíada seguinte. O pior de tudo foi o oitavo
lugar na final dos 200 metros borboleta.
Para o Brasil, os Jogos de 1968 nos deixaram a
sensação do “quase”. Por um décimo de segundo José Sylvio Fiolo, então com 18
anos, ficou na quarta colocação dos 100 metros peito.
Fiolo, treinado por Roberto Pável, havia classificado
com o sexto tempo nas eliminatórias com 1:09.5, depois fez a quarta marca nas
semifinais com 1:08.6. Na final, baixou ainda mais cinco décimos, ficando a um
décimo do bronze e a quatro da medalha de ouro.
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