sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Natação nas Olimpíadas

A natação nos moldes que conhecemos hoje, com suas regras e características, é muito recente. Para entendermos melhor essas diferenças, vamos voltar um pouco na história do esporte.

Foi na edição dos Jogos Olímpicos da Grécia, em 1896, que a modalidade natação foi disputada pela primeira vez. Nesta edição, também foram realizadas provas de 100, 500 e 1200 metros livres, mas não tinha um número expressivo de atletas.
As disputas aconteciam em pleno oceano! Nesse sentido, fica fácil imaginar porque não tinham tantos nadadores disputando as provas.
A segurança dos competidores era mínima em comparação à estrutura de hoje em dia. Só para se ter uma ideia, teve até salva-vidas nas Olimpíadas Rio 2016. Claro que a chance de um atleta profissional se afogar na piscina é quase nula, mas é preciso cuidar de todos os detalhes (uma lei estadual de 2001 obriga a presença de salva-vidas certificado pelo Corpo de Bombeiros nas piscinas do Rio, com mais de 6×6 metros).
A preocupação com cada particularidade é sentida desde que o esporte passou a ser praticado nas piscinas. Tanto que – desde então – além de mais competidores, aumentou a quantidade de modalidades que são disputadas.
Anteriormente, tínhamos apenas três modalidades e um único estilo de nado. Hoje, a natação conta com 34 provas que valem medalha – sendo 17 provas masculinas e 17 femininas – e quatro estilos de nado: peito, costas, borboleta e livre.
Alguns atletas têm histórico de destaque em determinadas provas. O nadador brasileiro César Cielo, por exemplo, atingiu a marca de 20 segundos e 91 centésimos na prova dos 50m livres durante os jogos olímpicos de Pequim em 2008. Já Michael Phelps é recordista em oito das 17 provas da natação existentes. Seu desempenho é tão impressionante que ele superou o recorde do nadador que mais ganhou medalhas de ouro em uma única Olimpíada.
Só para você entender melhor o quão expressivo é o resultado de Phelps: durante os jogos olímpicos de 1972, em Munique, Mark Spitz ganhou sete ouros, o que o tornou o maior vencedor de medalhas douradas em uma mesma Olimpíada.
Durante as disputas em Pequim – no mesmo ano em que o Cielo também teve seu momento de glória – Phelps conquistou oito medalhas de ouro. Ele venceu todas as provas que disputou. Não é à toa que Phelps é o maior medalhista da história das Olimpíadas: com 22 no total, sendo 18 de ouro.
A natação acompanha o homem desde o seu surgimento. Afinal, o movimento de braços e pernas dentro da água já era praticado em comunidades primitivas, onde homens nadavam para fugir de predadores – ou, quem sabe, por diversão mesmo!?
Mas, de lá para cá, o fato é que a natação passou por várias mudanças até se tornar um esporte e ter seus estilos definidos. Logo, não demorou muito para que as competições começassem a ocorrer, tendo a primeira disputa oficial em 1858, na Austrália. Dez anos depois, a Inglaterra promovia um campeonato nacional, seguida pelos EUA.
Já bastante apreciada e praticada pelo público, a natação entrou na edição dos Jogos de Atenas, na Grécia, 1896, a primeira Olimpíada da Era Moderna. Na ocasião, três provas foram disputadas: 100 metros livre, 500 metros livre e 1.200 metros livre. Todas elas eram realizadas no mar, o que colocava em risco a vida dos participantes.
ALGUNS NOMES QUE DEVEM SER LEMBRADOS
Mas foi somente nos anos seguintes, com a inclusão de piscinas e novas provas nos jogos, que o número de atletas aumentou. Em 1912, inclusive, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, na Suécia, as mulheres começaram a competir.  A australiana Sarah Funny Durack foi a primeira grande campeã de uma prova de natação olímpica.
Outro nome também ganhou destaque nas Olimpíadas daquele ano: o havaiano Duke Kahanamoku, um verdadeiro fenômeno no nado crawl. Oito anos depois, nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica, após a Primeira Guerra Mundial, o atleta estabeleceu um novo recorde mundial nos 100 metros de nado livre. E foi essa popularidade que o levou a participar de vários filmes em Hollywood.
Outros grandes nomes da natação surgiram posteriormente. Entre eles, Johnny Weissmuller, que já era notícia antes mesmo de entrar nos jogos, em 1924, por ter nadado 100 metros livres em menos de um minuto.
Com a Segunda Guerra Mundial, os jogos tiveram um intervalo de 12 anos, retornando em 1948, em Londres, na Inglaterra. Nestes mesmos jogos, os norte-americanos voltaram assumindo o topo de melhores do mundo. Tanto que o atleta dos Estados Unidos, Don Schollander, foi o primeiro a conquistar quatro medalhas de ouro numa mesma modalidade em 1964, no Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão.
Mas, alguns anos depois, surgiu outro atleta que só seria superado em número de medalhas em 2008: Mark Spitz, que nos Jogos Olímpicos de 1968 havia decepcionado, em 1972 alcançou a marca de sete medalhas de ouro conquistadas em uma mesma edição olímpica. Quem o superou foi Michael Phelps, até o momento o maior nadador, com 8 medalhas.
COMO FUNCIONAM AS PROVAS HOJE?
Atualmente, a competição de natação tem quatro estilos: peito, costas, borboleta e livre. Mas existem também as disputas do nado medley, em que o atleta deve de utilizar os quatro estilos numa mesma prova.
No quadro das Olímpiadas, são 34 provas valendo medalha, sendo 17 no masculino e 17 no feminino. As disputas variam de acordo com o estilo e a distância. A mais rápida é o 50 metros, apenas no nado livre. Os 100 e 200 metros são nadados nos quatro estilos.
As provas individuais são de 400 metros livre e 400 metros medley, e os revezamentos 4×100 metros livres, 4×100 metros medley e 4×200 metros livres. A 17ª prova do programa masculino é de 1.500 metros livre, enquanto as mulheres têm como prova mais longa os 800 metros livre.

Além disso, há também a maratona aquática, realizada em distância de 10 quilômetros tanto para homens quanto para mulheres. Esta, acontece em água abertas, como rios, mares e lagos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Best Memória: 50 anos de Natação dos Jogos do México (1968)

17 de outubro de 1968, celebramos hoje 50 anos da natação dos Jogos Olímpicos do México. 

A piscina do Alberca Olímpica 68 Francisco Márquez esteve lotada todos os nove dias de competição com mais de 4 mil pessoas. Era a Olimpíada onde tivemos um aumento significativo no número de provas, de 18 disputadas em 1964 para 29. Entravam no programa os 200 metros nos quatro estilos e mais os 800 metros nado livre para as mulheres.

Domínio absoluto americano vencendo 52 das 87 medalhas disputadas. Os americanos já haviam dominado em 1964, mas agora venceram 21 das 29 provas, foi ainda mais impressionante. No total, 21 ouros, 15 pratas e 16 bronzes. A Austrália ficou num distante segundo lugar com apenas oito medalhas, três de ouro.
Presença de 468 nadadores, sendo 264 homens e 204 mulheres de 51 países diferentes. Um total de 11 países subiram ao pódio na competição, seis deles ganharam pelo menos uma medalha de ouro.
A jovem Liana Vicens de Porto Rico, com apenas 11 anos de idade foi a mais nova participante da competição. O alemão Horst-Ganter Gregor com 30 anos, o mais veterano.
Competição forte, quatro recordes mundiais e 19 recordes olímpicos. A maior surpresa o histórico ouro mexicano com Felipe Muñoz com 2:28.7. Aliás, 1968 foi a última Olimpíada onde os tempos eram apurados até os décimos de segundo. A partir de 1972, em Munique, os centésimos entraram nos controles.
Os americanos Charlie Hickcox e Debbie Meyer com três medalhas de ouro foram os maiores medalhistas. Meyer, a primeira da história a vencer dos 200 aos 800 metros nado livre.
O jovem Mark Spitz, então com 18 anos de idade, ficou longe de todas as expectativas pré-competição. Para quem esperava sair carregado de ouro, a prata nos 100 borboleta e o bronze nos 100 metros nado livre, mais dois ouros nos revezamentos só serviram de motivação para o sucesso que ele foi na Olimpíada seguinte. O pior de tudo foi o oitavo lugar na final dos 200 metros borboleta.
Para o Brasil, os Jogos de 1968 nos deixaram a sensação do “quase”. Por um décimo de segundo José Sylvio Fiolo, então com 18 anos, ficou na quarta colocação dos 100 metros peito.

Fiolo, treinado por Roberto Pável, havia classificado com o sexto tempo nas eliminatórias com 1:09.5, depois fez a quarta marca nas semifinais com 1:08.6. Na final, baixou ainda mais cinco décimos, ficando a um décimo do bronze e a quatro da medalha de ouro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A História da Natação no Brasil

A natação foi introduzida oficialmente no Brasil em 31 de julho de 1897, quando clubes Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo fundaram no rio a União de Regatas fluminense que foi chamado mais tarde de Conselho Superior de Regatas e Federação brasileira das Sociedades de Remo. 

Em 1898, eles promoveram o primeiro campeonato brasileiro de 1500m. Abrão Saliture foi o campeão , nado livre. Em 1913, o campeonato brasileiro passou a ser promovido pela Federação Brasileira das Sociedades do Remo, em Botafogo. Além dos 1500 m. nado livre, também foram disputadas provas de 100m para estreantes, 600m para seniors e 200m para juniors. 

Em 1914, o esporte e competições no brasil começaram a ser controladas pela Confederação Brasileira de Desportos. 

Somente em 1935, as mulheres entraram oficialmente nas competições. Destacaram-se inicialmente Maria Lenk e Piedade Coutinho. 

O Brasil projetou-se internacionalmente com alguns nadadores que obtiveram marcas mundiais: Em 1984, Ricardo Prado, tornou-se recordista mundial dos 400 medley, na déc de 90 também quebraram recordes mundiais e sul-americanos: Gustavo Borges,Fernando Scherer, Rogério Romero, Daniela Lavagnino, Adriana Pereira, Patrícia Amorim Ana Azevedo. 



quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Um resumo sobre a história da Natação

A história da natação se inicia nos tempos mais remotos, uma vez que esta se tornou uma qualidade física imprescindível para a sobrevivência do homem, seja na busca por alimentos ou na fuga de um perigo em terra, e em sua evolução. De fato, sabe-se que os povos da Antiguidade eram grandes nadadores: registros mostram que no Antigo Egito, em 3000 a.C., os filhos dos nobres aprendiam a nadar desde cedo.

Na Grécia, a prática da natação ganhou grande importância, uma vez que a mesma proporcionava o desenvolvimento harmonioso do corpo, algo bastante valorizado pela sociedade grega. O filósofo Platão, por exemplo, afirmava que os indivíduos que não haviam aprendido a nadar não poderiam ser considerados educados. Foi na civilização grega, inclusive, que surgiram as primeiras disputas de natação: os Jogos Ístmicos, disputados em homenagem ao deus Poseidon. Já na civilização romana, a modalidade foi base da preparação militar dos soldados do império.

Após passar um período de decadência durante a Idade Média, já que nessa época surgiu a crença de que sua prática seria responsável pela disseminação de doenças, a história da natação revela outra ascensão da modalidade durante o Renascimento: várias piscinas públicas foram criadas em toda a Europa, especialmente em Paris, durante o reino de Luís XIV.


No entanto, a história da natação como esporte competitivo se inicia na Inglaterra, durante a primeira metade do século XIX. Em 1837 foram disputadas as primeiras provas da modalidade esportiva, na cidade de Londres. Desde então, a natação foi se consolidando cada vez mais como um dos mais importantes esportes. Uma prova disso é a presença da modalidade desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, inaugurada pelo barão Pierre de Coubertain, em 1894. No Brasil, a natação foi introduzida em 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense, na cidade do Rio de Janeiro.